Antes de tudo, nas grandes cidades contemporâneas é necessário reequilibrar a relação massa verde-massa construída , reintroduzindo a vegetação em todas as escalas , desde a macro (escala urbana), à micro (escala do edifício e dos espaços de transição público –privado). É necessário definir com precisão, planos de arborização e jardineria urbana, tanto para a cidade formal quanto para as favelas. A “verdificação“ das ruas, das praças, dos bairros e das favelas aumenta o apreço do cidadão pelo espaço público e torna mais amena a convivência dos vizinhos ou passantes .

Em outra ordem de coisas, há que desmistificar que a família hoje é pequena; isto é verdade para a classe média e alta, não para os setores populares que continuam tendo mais de dois filhos. Por tanto, o que se necessita é uma tipologia habitacional a mais variada possível, e flexível, incluindo a possibilidade de usos mistos (trabalhar em casa). Em qualquer caso edificações de qualidade em espaços públicos bem equipados e bem inseridos no contexto. E áreas verdes, que configurem um habitat de alta qualidade arquitetônica, urbanística, paisagística e ambiental.

Cidade compacta com densidade adequada, conectiva, inclusiva e sustentável.

Todos os edifícios tem uma dimensão privada e outra pública, e o compromisso com a cidade consiste em desenvolver ao máximo essa responsabilidade pública.

Jorge Mario Jáuregui